quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Um ano depois...

Se eu tivesse como postar que volta no mundo eu dei pra chegar a este post, exatamente um ano após a apresentação do Solução em Portugal. Eu prometo a mim mesma (assim o peso da promessa fica restrito a minha pessoa) que eu tentarei colocar a minha vida em dia neste blog. Olha como eu era tão dedicada ano passado. Jornalista de mim. Deixei de cobrir altos furos de reportagem, que só a "Caras Curitiba" deu conta de registrar. Mas algo me consola na minha relação espaço-tempo: é que eu não estou nem aí pra isso! Bóra lá, continuar a alimentar este espaço virtual, ainda bem que ele não morreu de fome nem está com qualquer sentimento de saudades ou de mágoa por eu ter esquecido dele. Ele é somente um meio. Um portal.
Abaixo está feito o convite pra vocês conferirem o Solução pela última vez(!?), porque eu não quero estar apresentando esta mesma peça quando eu tiver 60 anos, ok? Cinco anos de processo está muito bom pra mim.
Ah, mais embaixo está meu texto original sobre o Solução, pois muitos jornalistas se apropriaram, recortaram, colaram e publicaram algo muito diferente do que eu quis dizer na net.

E você... O que fez para salvar o mundo hoje?
Você acordou, escovou os dentes com a sua super pasta branqueadora, bebeu e comeu de uma forma light, e vai trabalhar com a sensação de dever cumprido. Paga impostos, e estes devem estar indo para o lugar certo: sensação de tranquilidade sem gordura trans.
Quando começamos a pensar em “Solução para todos os problemas do mundo” estávamos cientes de que se tratava de uma incógnita para não ser resolvida, que seria como um grande vômito do que havíamos consumido sem precisar. Consumimos muito mais do que precisamos, e estamos longe de solucionarmos os nossos problemas básicos, pois estamos envolvidos demais com problemas periféricos à nossa real necessidade; refletimos sobre a violência no país sob a visão de algum jornalista, compramos opiniões fáceis para, enfim, sermos vulneráveis à oferta da sandália modelo verão.
Se este texto tivesse trilha sonora, ela seria cantada por Gal Costa: "Você diz a verdade e a verdade é seu dom de iludir". Se nós o transportamos a uma realidade paralela, nós temos o dom de iludir. Refletimos o quanto é fácil vender verdades e o quão difícil é encontrar uma (será que ela existe?). Para salvar o mundo, você primeiro tem que salvar o seu. Criar sua ilusão. Descobrir a sua verdade.

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